quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Exclusão do Grêmio: julgamento no STJD tem cochilo, troca de mensagens por celular e desconhecimento da regra

Ricardo Graiche passou boa parte do julgamento trocando mensagens por celular
Ricardo Graiche passou boa parte do julgamento trocando mensagens por celular 

Durante as quase quatro horas do julgamento que resultou na exclusão do Grêmio da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, o STJD teve cenas cômicas. Além de discursos acalorados, sobraram pedidos de desculpas pelos votos que puniram o clube gaúcho, além de momentos ainda mais inusitadas, como o cochilo do auditor Ivaney Cayres, o penúltimo a votar.
Enquanto outros auditores expunham seus argumentos, Ivaney chegou a cochilar. Em se discurso, de mais de 20 minutos, ele pediu desculpas não apenas pelo voto contrário ao Grêmio, como pelo excesso de tempo falando.
- Lamento ter que aplicar uma penalidade a um clube que luta contra o racismo - afirmou Ivaney, para em seguida desculpar-se por outro motivo. - Me desculpem se me alonguei e me empolguei.

Ivaney Cayres chegou a cochilar durante o julgamento
Ivaney Cayres chegou a cochilar durante o julgamento 
Se Ivaney cochilou, Ricardo Graiche passou boa parte do julgamento trocando mensagens pelo telefone celular. Foi dele também o momento mais constrangedor do julgamento. O auditor insistiu na teoria de que era impossível o árbitro e seus auxiliares não terem escutado as ofesnas racistas dirigidas ao goleiro Aranha, do Santos.
Após insistir no tema com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alfinetou também o auxiliar Carlos Berkenbrock.
- É dificil de acreditar que ninguém ouviu nada. Há aquele árbitro na linha de fundo, perto da torcida, como pode não ter ouvido nada?
A resposta do auxiliar foi imediata e prova de que o auditor desconhece as regras das competições.
- Na Copa do Brasil não há árbitro de linha de fundo. Apenas no Brasileiro - reagiu Berkenbrock, para constrangimento geral.
Os auditores também criticaram duramente a lei que punia o Grêmio por atos racistas. E houve quem evocasse um ditado do pai para tentar se explicar.
- Como diria meu pai, o que estraga a lei são os parágrafos - disse, tentando justificar o rigor da punição ao clube gaúcho.

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