domingo, 27 de abril de 2014

Nada como ter estádio "próprio" onde se coloca o preço que quiser.

"Cresce a bronca com os preços do Beira-Rio" Torcedores reclamam dos valores cobrados por produtos dentro do estádio.

Diogo Olivier: "Cresce a bronca com os preços do Beira-Rio" Diego Vara/Agencia RBS
 Diogo Olivier

Os serviços de alimentação do novo Beira-Rio não são para o contribuinte brasileiro. Talvez os palacianos de algum sultanato asiático considerem razoáveis os preços cometidos pelos serviços do estádio.

Água a R$ 5 não existe, assim como um simples sanduíche a R$ 8 ou um prosaico cafezinho a R$ 5. Ambulantes vendiam cachorro-quente a R$ 15 no jogo contra o Vitória. Pipoca virou artigo de luxo.
Além dos preços caros demais, pais colorados reclamam das restrições para levar crianças ao Beira-Rio. Menor de idade não paga ingresso só até quatro anos. Antes, era 12. E se, durante o jogo, estiver numa cadeira vazia ao lado, e não na mesma do responsável, conforme as novas regras, daqui a pouco pode ser motivo de advertência.
É o debate aquele da elitização, que precisamos retomar.
Não sou contra a modernidade dos novos estádios. Ao contrário. Trata-se de um caminho sem volta. É para frente que se anda. Rentabilizar o fator local é fundamental para os clubes com casas privadas. Mas há que se ter bom senso.
Desse jeito, o sujeito que tiver dois filhos terá de pedir empréstimo em banco para levar a família ao futebol.

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