Com criatividade, o Grêmio montou uma engenharia financeira para presentear sua torcida com Pedro Geromel e Maicon. Fundamental para a boa campanha no Brasileirão, a dupla, com empréstimo encerrando ao final do ano, foi comprada em definitivo. São tratados pela direção com o status de reforços para a Libertadores.
Apesar de já ter garantias do Colônia, da Alemanha, e do São Paulo, o Grêmio, por ainda não ter recebido a documentação necessária, mantém cautela antes do anúncio oficial. A tendência é de que isto ocorra no início da próxima semana.
— Estamos trabalhando para oficializar a situação deles na segunda ou na terça-feira — afirmou o executivo Rui Costa à Rádio Gaúcha.
No caso de Geromel, o Grêmio contou, além da vontade do zagueiro em permanecer, com a dedicação de seu agente, Maickel Portela, que atuou como uma espécie de investidor no negócio. Assediado por ao menos oito times do futebol brasileiro, entre eles Corinthians, Cruzeiro, Palmeiras e Flamengo, o empresário fez um grande esforço para manter o jogador na Arena.
Viajou à Alemanha ainda em novembro para tratar pessoalmente com a direção do Colônia e ofertou ao clube alemão, com o qual já realizou outros negócios, o perdão de uma dívida para liberar Geromel seis meses antes do término de seu vínculo.
Assim, o Grêmio assinará um novo contrato em definitivo com o zagueiro, válido até dezembro de 2019, e será dono de seus direitos econômicos. O ressarcimento a Portela será feito em parcelas diluídas ao longo dos quatro anos do vínculo.
— O desejo do Pedro de ficar no Grêmio foi fundamental em todo o decorrer da negociação — conta Portela.
Em relação a Maicon, que foi comprado por R$ 7 milhões e assinará por três anos, o Grêmio só conseguiu fechar negócio por repassar ao São Paulo créditos que têm a receber do Fluminense. Assim, a direção conseguiu compor a entrada de R$ 3,5 milhões exigida pelo Morumbi e dividir o saldo restante em seis parcelas. O clube paulista utilizará o dinheiro para se reforçar na disputa da primeira fase da Libertadores, em que vai encarar o peruano Universidad César Vallejo.
No entanto, o contrato conta com uma cláusula curiosa, revelada por uma fonte ligada ao presidente Romildo Bolzan. Caso o Grêmio venda um de seus jogadores por um valor estipulado (não revelado pela direção), terá de quitar as parcelas em aberto com o São Paulo.
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