Prazo estipulado pela Comissão Nacional do Controle de Doping da CBF é de 10 dias úteis para laboratório conceder avaliação. Data em questão seria 8 de dezembro
O Inter já sabe qual será a data limite para receber o parecer do exame antidoping surpresa realizado com seu elenco na terça-feira, 24 de novembro, no CT do Parque Gigante, após os casos de doping dos volantes Nilton e Wellington. Responsável pelo teste, a Comissão Nacional do Controle de Doping da CBF irá apresentar os resultados até o dia 8 de dezembro.
De acordo com o presidente do órgão, Fernando Gaya Solera, o laboratório responsável por efetuar as análises tem o prazo de 10 dias úteis para entregar as provas, que logo serão encaminhadas ao clube. A data pode, inclusive, ser antecipada, caso os pareceres sejam concluídos antes da próxima terça-feira. A intenção da CBF é "abreviar a angústia" gerada pelo episódio.
– O prazo é de 10 dias úteis. Foi feito em 24 de novembro. Existe uma questão, que já aconteceu uma vez ou outra, de o laboratório precisar de um tempo a mais, por uma questão técnica. Mas não espero que isso aconteça. Nossa intenção é de que saia o mais rápido possível, até porque está todo mundo estressadíssimo com a situação. Queremos abreviar essa angústia – afirma Solera, em contato com o GloboEsporte.com.
Até o momento, Nilton e Wellignton estão suspensos de forma preventiva por 30 dias e irão a julgamento no STJD na próxima sexta-feira. Neste quadro, apenas os atletas podem ser punidos nos tribunais, com pena de até quatro anos de suspensão.
Caso mais um integrante do elenco colorado seja flagrado no exame, o clube também se torna passível de punição. O gancho pode chegar a até dois anos afastado das competições. A análise das substância é realizado em um laboratório no Rio de Janeiro. Diante de um eventual teste positivo, o Inter pode solicitar a contraprova em qualquer laboratório que tenha o aval da Agência Mundial Antidoping (Wada).
Carrossel Nilton e Wellington Martins, Doping 280 (Foto: Editoria de arte)
O teste surpresa ocorreu a pedido da Comissão Nacional do Controle de Doping da CBF e foi autorizado pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em exercício na data, Ronaldo Botelho. A coleta de amostras do elenco colorado ocorreu após Nilton e Wellignton serem flagrados no antidoping pelo uso das substâncias clorotiazida e hidroclorotiazida, ambas diuréticas.
Conforme nota divulgada pela Procuradoria do órgão, a defesa do Inter alegou que Nilton teria feito "uso de um suplemento comprado por sua companheira, profissional de educação física, e que tal estaria contaminado com as duas substâncias encontradas no exame". Já Wellington afirma que o produto proibido seria componente de um suplemento de proteína que ingerira – o ato configuraria uso involuntário, sem representar melhora no desempenho do jogador. Ainda conforme o segundo, o suplemento teria sido emprestado por Nilton.
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