As vaias proferidas a Aranha na noite desta quinta-feira não
preocupam o departamento jurídico do Grêmio. Ainda que esteja sob alerta
para o segundo julgamento, que ocorrerá no Pleno do Superior Tribunal
de Justiça (STJD), o clube defende a postura adotada pela torcida.
Durante toda a partida, que terminou empatada em 0 a 0, pela 22ª rodada
do Campeonato Brasileiro, os tricolores hostilizaram o santista.
O
advogado Thiago Brunetto sustenta que as palavras dirigidas ao goleiro
são legítimas, uma vez que nenhuma frase teve cunho racial. E acredita
que a situação da equipe não será agravada pelo episódio.
- O
que vimos foram coisas habituais do futebol. O time e a torcida foram ao
campo para vencer, apoiar. Nunca vi vaia ser citada em um julgamento.
Vaia todos os times sofrem. Não podemos criminalizar a vaia. Não houve
nada que escapasse da normalidade, diferente do que ocorreu no primeiro
jogo, quando quatro, cinco pessoas tresloucadas cometeram injúrias. Não
concordamos com aquilo - apontou ao GloboEsporte.com.
Depois
da partida pela Copa do Brasil, que ocorreu em 28 de agosto, o Grêmio
acabou excluído da competição por conta das injúrias raciais ditas ao
arqueiro. O clube tenta reverter a situação.
- O primeiro
julgamento do STJD abriu um precedente muito perigoso. Todas as partidas
estão sob suspeitas permanentes. A gravidade da condenação dá poderes a
uma minoria intolerante. O que houve ontem não foi de uma minoria
intolerante. Foi ação coletiva, apoiando o seu time, e não podemos
criminalizar isso.
Após o reencontro, Aranha criticou o comportamento dos tricolores e relatou que "esperava ser recebido de maneira diferente". O segundo julgamento ainda não tem data marcada.
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