sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Jurídico do Grêmio defende a torcida: "Não podemos criminalizar a vaia"

As vaias proferidas a Aranha na noite desta quinta-feira não preocupam o departamento jurídico do Grêmio. Ainda que esteja sob alerta para o segundo julgamento, que ocorrerá no Pleno do Superior Tribunal de Justiça (STJD), o clube defende a postura adotada pela torcida. Durante toda a partida, que terminou empatada em 0 a 0, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, os tricolores hostilizaram o santista.

O advogado Thiago Brunetto sustenta que as palavras dirigidas ao goleiro são legítimas, uma vez que nenhuma frase teve cunho racial. E acredita que a situação da equipe não será agravada pelo episódio.
- O que vimos foram coisas habituais do futebol. O time e a torcida foram ao campo para vencer, apoiar. Nunca vi vaia ser citada em um julgamento. Vaia todos os times sofrem. Não podemos criminalizar a vaia. Não houve nada que escapasse da normalidade, diferente do que ocorreu no primeiro jogo, quando quatro, cinco pessoas tresloucadas cometeram injúrias. Não concordamos com aquilo - apontou ao GloboEsporte.com.
gremio x santos torcida arena gremio (Foto: Marcos Ribolli/GloboEsporte.com) 


















Depois da partida pela Copa do Brasil, que ocorreu em 28 de agosto, o Grêmio acabou excluído da competição por conta das injúrias raciais ditas ao arqueiro. O clube tenta reverter a situação.
- O primeiro julgamento do STJD abriu um precedente muito perigoso. Todas as partidas estão sob suspeitas permanentes. A gravidade da condenação dá poderes a uma minoria intolerante. O que houve ontem não foi de uma minoria intolerante. Foi ação coletiva,  apoiando o seu time, e não podemos criminalizar isso.
Após o reencontro, Aranha criticou o comportamento dos tricolores e relatou que "esperava ser recebido de maneira diferente". O segundo julgamento ainda não tem data marcada.
Coletiva aranha santos (Foto: Marcos Ribolli) 

















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