Durante
as quase quatro horas do julgamento que resultou na exclusão do Grêmio
da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, o STJD teve cenas cômicas. Além
de discursos acalorados, sobraram pedidos de desculpas pelos votos que
puniram o clube gaúcho, além de momentos ainda mais inusitadas, como o
cochilo do auditor Ivaney Cayres, o penúltimo a votar.
Enquanto
outros auditores expunham seus argumentos, Ivaney chegou a cochilar. Em
se discurso, de mais de 20 minutos, ele pediu desculpas não apenas pelo
voto contrário ao Grêmio, como pelo excesso de tempo falando.
-
Lamento ter que aplicar uma penalidade a um clube que luta contra o
racismo - afirmou Ivaney, para em seguida desculpar-se por outro motivo.
- Me desculpem se me alonguei e me empolguei.
Se
Ivaney cochilou, Ricardo Graiche passou boa parte do julgamento
trocando mensagens pelo telefone celular. Foi dele também o momento mais
constrangedor do julgamento. O auditor insistiu na teoria de que era
impossível o árbitro e seus auxiliares não terem escutado as ofesnas
racistas dirigidas ao goleiro Aranha, do Santos.
Após insistir no tema com o árbitro Wilton Pereira Sampaio, alfinetou também o auxiliar Carlos Berkenbrock.
-
É dificil de acreditar que ninguém ouviu nada. Há aquele árbitro na
linha de fundo, perto da torcida, como pode não ter ouvido nada?
A resposta do auxiliar foi imediata e prova de que o auditor desconhece as regras das competições.
- Na Copa do Brasil não há árbitro de linha de fundo. Apenas no Brasileiro - reagiu Berkenbrock, para constrangimento geral.
Os
auditores também criticaram duramente a lei que punia o Grêmio por atos
racistas. E houve quem evocasse um ditado do pai para tentar se
explicar.
- Como diria meu pai, o que estraga a lei são os parágrafos - disse, tentando justificar o rigor da punição ao clube gaúcho.
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