domingo, 20 de fevereiro de 2011

Domingão de passeio: Grêmio goleia e vai às semifinais do Gaúcho

Tricolor faz 5 a 0 sobre o Ypiranga, com destaque para o 'guerreiro imortal' André Lima, e agora pega o Cruzeiro-Poa,

Tarde de domingo, sol firme no céu, vento agradável para amenizar a temperatura: belo dia para passear, como o Grêmio fez ao golear o Ypiranga por 5 a 0 no Olímpico e avançar às semifinais do primeiro turno do Campeonato Gaúcho. Fácil, fácil, sem estresse, com esforço controlado, o Tricolor passou por cima do adversário. Fez cinco e poderia ter feito outros tantos. A jornada quase recreativa da equipe de Renato Gaúcho teve André Lima como maior expoente.
Ele foi a campo com o número 99 em sua camisa. E disse que pretende transformar o símbolo em uma marca de seu apelido, “guerreiro imortal”. O jogador marcou os dois primeiros gols do Grêmio. Os demais foram anotados por Douglas, ainda no primeiro tempo, mais Borges e o garoto Leandro, de apenas 17 anos, já na etapa final.
O resultado classificou o Grêmio para duelar com o Cruzeiro-Poa, algoz do Inter, no próximo domingo, no Olímpico. Antes, o time gaúcho vai à Colômbia para duelar com o Junior de Barranquilla, na quinta-feira, pela Libertadores.
 
Número 9 às costas. Um, não: dois. E gols. Um, não: dois. Um para cada 9 na camisa. André Lima, autodenominado o “guerreiro imortal” do Grêmio, resolveu estrear uma nova numeração contra Ypiranga. O 99 que carregou a campo no Olímpico foi pé-fervente para o centroavante. Ele não demorou a dar a certeza da vitória – e da classificação – ao Tricolor.
Não demorou mesmo. Com um minuto e meio de jogo, já se esticou dentro da área para desviar cruzamento de Douglas e colocar o Grêmio na frente. Mas André Lima quer ser guerreiro. E imortal. Guerrear e jamais morrer significa não se acomodar com um gol. Aos 25 minutos, ele recebeu passe de Gabriel dentro da área e mandou uma pancada em diagonal. A bola passou feito um míssil pelo goleiro do time de Erechim. O jogo estava 2 a 0.

Pobre Ypiranga: passou o tempo todo correndo para lugar nenhum em busca de um Grêmio inalcançável. Foi um totó, uma tunda, um laço. O Grêmio marcou o terceiro gol, com Douglas, em desvio de cabeça após assistência de Rochemback (incrível o que anda jogando Rochemback). E poderia ter feito sabe-se lá quantos mais.
O time de Renato Gaúcho trocou passes com a naturalidade com que um peixe nada. Distribuiu assistências como se fosse um ato tão natural como respirar. Foi superior em todos os aspectos que um time de futebol pode ser diante de um adversário muito, muito, muito inferior. Chute no travessão de Rochemback, duas conclusões desperdiçadas de Borges, cabeceio torto de Rodolfo, conclusão errada de Gilson. Só deu Grêmio.
O Ypiranga só foi arriscar lá no finalzinho do primeiro tempo. Giovani mandou chute de fora da área. Victor espiou a bola sair pela linha de fundo.

Não foi com o mesmo ritmo que o Grêmio voltou para o segundo tempo. Nem precisava. Com a vitória assegurada, o time do Olímpico mudou seu compasso e, mesmo assim, mexeu na rede do adversário. Borges, com seis minutos, aproveitou cruzamento de Lúcio e aumentou a conta: 4 a 0.
O Ypiranga, como consequência, cresceu um pouco na partida. Conseguiu atacar mais, rondou a área gremista e até fez um gol, anulado por impedimento. Mas o que chamou mesmo a atenção foram os minutos de angústia após um choque de cabeça do zagueiro Glauco. Ele foi ao chão, quase inconsciente, e levou jogadores do Grêmio a tirarem a camisa para abaná-lo. A ambulância localizada atrás de um dos gols foi chamada quase com desespero pelos atletas – e demorou a entrar no campo. O jogador, aparentemente em bom estado, foi encaminhado ao hospital. O Ypiranga não tinha médico no Olímpico.
O susto parece ter freado a equipe visitante, que voltou ao andamento do primeiro tempo, com futebol quase nulo. Como o Grêmio também já tinha gastado sua cota de ambição, a partida perdeu a graça. A morosidade do jogo só foi interrompida pelo chute no travessão do garoto Leandro, recém-resgatado por Renato Gaúcho, após cruzamento de Lúcio.
Se não entrou na primeira, entrou na segunda. Aos 47 minutos, Lúcio voltou a acionar Leandro, que desta vez acertou. O chute em diagonal passou pelo goleiro Bruno Grassi e explodiu na rede. Enquanto o menino de 17 anos se benzia em campo, a torcida gritava o nome dele.
Que tarde no Olímpico. Que passeio.
 
fonte: Clicrbs

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