Dono de sequência de três vitórias, na briga pelo título brasileiro e com as suas contas organizadas, o Grêmio colhe os frutos do sucesso e resguarda ao mesmo tempo o seu futuro. Para frear o assédio sobre o seu principal destaque, a diretoria tricolor estabeleceu em 30 milhões de euros (cerca de R$ 115 milhões) o valor mínimo para tirar o atacante Luan do clube.
Com 70% dos direitos econômicos do jovem jogador de 22 anos, o cartola não aceita receber menos de 20 milhões de euros (R$ 80 milhões) por sua fatia.
Uma de suas medidas recentes foi renovar até 2018 o acordo com o atleta que lidera a corrida pela Bola de Ouro, prêmio da revista Placar e dos canais ESPN que é dado ao melhor atleta do Campeonato Brasileiro.
A briga do time de Humaitá para conseguir a liberação de Luan do amistoso da seleção olímpica contra a França, em setembro, não se dá apenas para evitar o seu desfalque em duas rodadas do Nacional. Existe entre os cartolas a convicção de que o garoto deveria ter sido chamado por Dunga para a principal e faz mais por merecer do que o veterano Kaká, dentre outros.
O atual momento revela um mudança de ventos na ainda curta carreira da joia gremista.
Se no início da temporada chegou a ser vaiado e teve o seu talento contestado por parte da torcida, hoje ele é unanimidade e motivo de preocupação por sua ausência, como aconteceu na última quarta-feira, contra o Coritiba, pela Copa do Brasil.
Uma valorização que pode ser traduzida em números.
Ao assumir o clube, o presidente Romildo Bolzan enxergava no atacante uma das saídas para aliviar a situação complicada que encontrou nos cofres tricolores. Na época, a pedida girava em torno de nove milhões de euros (R$ 38 milhões). Agora é de 20 milhões de euros (R$ 80 milhões) por sua parte.