O gremista Romildo Bolzan Jr. (dir.) defende a volta do sistema de mata-mata ao Brasileiro
Figura
ainda desconhecida no meio do futebol, o novo presidente do Grêmio,
Romildo Bolzan Jr., percorreu diversos clubes desde que tomou posse, no
último dia 10 de dezembro, para estreitar os contatos e sondar a
receptividade a ideias que pretende colocar em prática nesta temporada.
Segundo apurado pelo ESPN.com.br, uma delas promete acalorar as discussões: o fim dos pontos corridos e a volta dos mata-matas no Brasileiro.
Em contato com a reportagem, ele não nega a intenção de articular a mudança no sistema de disputa do campeonato.
Eleito
com 6.398 mil votos (71,4%) no pleito tricolor para o biênio 2015/2016,
Bolzan Jr. se mostra animado com o retorno que teve dos demais cartolas
para evitar que o campeonato continue, segundo suas palavras, "chocho".
"A
resposta tem sido muito mais positiva do que negativa. O pessoal quer
um negócio novo. O cenário atual é complicado demais. É briga apenas por
vaguinha na Libertadores, na Sul-Americana, para não cair. Não tem nem
de longe a mesma emoção do mata-mata", afirma o presidente gremista.
A
princípio, para encaminhar a ideia, seria necessário deixar de lado uma
sensação de má vontade para com o clube existente entre seus
correligionários e estabelecer uma linha de diálogo com a CBF. A pena
sofrida pelo caso de racismo envolvendo o goleiro Aranha, do Santos,
ainda não foi digerida por todos.
Romildo Bolzan Jr. descarta qualquer resquício do episódio internamente.
"Eu
tenho exposto a questão dos playoffs e venho tendo receptividade de
alguns para resgatá-los. Dá muito mais emoção, audiência e equilíbrio
técnico no campeonato. Hoje, um clube dispara, fica ali no seu pedacinho
na ponta e acabou tudo. O mata-mata estimula o torcedor e gera mais
receita. É uma situação em que temos de nos organizar como clubes e
definir interesses em comum. Seriam duas revisões: uma técnica e outra
emocional. O campeonato atual é chocho", explica o dirigente.Um dos principais nomes por trás da campanha vencedora de Bolzan Jr. no clube, Fábio Koff foi presidente do Clube dos 13.
O
cartola não está sozinho: o presidente da federação baiana, Ednaldo
Rodrigues, também sugeriu recentemente a volta dos mata-matas em projeto
apresentado à CBF.O formato atual foi lançado em 2003 é o mais
duradouro da história dos Brasileiros. No período, o Cruzeiro foi o
único campeão de fora do eixo Rio-São Paulo, com três títulos (2003,
2013 e 2014). Na última edição, o Grêmio chegou perto da classificação
para a Libertadores, mas derrapou na reta final e deixou escapar a vaga.
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