Reproduzo aqui o texto de Grêmio, logo existo.
Muito interessante análise...
Desde a inauguração da Arena em dezembro
do ano passado, os principais jornais do estado não deixam de publicar
insistentemente os diversos impasses acerca do contrato firmado entre
Grêmio e OAS, ou possíveis instabilidades entre o Grêmio e a APA, sempre
colocando em dúvida a sobrevivência do clube no decorrer desses anos de contrato.
Pois
bem, o Grêmio tem assegurado em contrato - vale ressaltar: foi desde o
início explanado aos torcedores - a renda dos namig rights, sector
rights repassados dentro dos 65% de toda a lucratividade da APA, seja em ingressos,
shows e etc, além de 7 milhões ao final de cada ano, por 7 anos, após o que o
valor repassado ao Grêmio aumenta. Ainda, vamos ter um CT novo, além da
Arena não ser a garantia do negócio, ressaltando ainda que nosso
estádio é novo, com custo estimado em 600 milhões.
Lendo uma reportagem do Correio do Povo, me chamou a atenção a entrevista com o senhor Max Carlomagno, presidente da comissão de obras do BRIO:
"(...).Por fim, a cessão dos ativos que remunerarão a Brio (renda de camarotes,
cadeiras VIPs, catering, estacionamento, shows, publicidade, naming
rights), que em sua maioria absoluta eram inexistentes, vão gerar uma
perda de receita de menos de 4% de seu orçamento anual. Pensamos que não
passe de R$ 7 milhões por ano." grifei.
"BRIO"
é a superficiária do estádio vermelho, como a APA é da Arena. Esse
senhor nos explica que o Internacional vai ceder à BRIO toda a renda dos
camarotes, cadeiras VIP, estacionamento, shows, publicidade, carering e
ainda os naming rights. Pra vocês terem uma noção, estas são as
principais fontes de renda que um estádio novo proporciona e são
exatamente essas que o Inter vai ceder à superficiária. O dirigente
ainda destaca: "que em sua maioria absoluta eram inexistentes". É
óbvio que eram inexistentes. O antigo estádio não dispunha de cadeiras
VIP, estacionamento, a publicidade que só se faz presente em um estádio
moderno e sequer tinha à venda o nome do estádio! Essas são as vantagens
de um clube modernizar a sua casa: poder explorá-la!
Contudo, ainda é pouco. A cessão desses ativos, vão gerar no mínimo 4% de PERDA do orçamento ATUAL. Isso significa que vai regredir. Isso mesmo. As receitas do clube alvi-rubro vão cair. Mas calma, só vão cair em torno de uns 7 milhões por ano. É uma estimativa, não se sabe ao certo o valor.
O dirigente ainda ressalta:
"O Inter, por meio do modelo de negócio de parceria estratégica, pode
permanecer focado naquilo que mais sabe fazer: montar times de futebol
profissional; identificar, captar e desenvolver novos talentos; fazer a
gestão da sua marca; desenvolver relacionamento com seus sócios e
torcedores. Também preserva suas receitas fundamentais (sócios e
bilheteria, TV, marketing, venda de jogadores) e potencializasse sua
receita de estádio. (...)"
UFA!
Eles ainda podem montar times de futebol profissional! Por um instante
pensei que não tínhamos mais rival. Ah, eles podem também vender
jogadores, muito bem colocado pelo dirigente. Na entrevista, ele
também diz que a parceria durará 20 anos, ou seja, este é o período que o
Inter terá que sobreviver com a renda de 80% das cadeiras, sem
participação no lucro de shows, nem em estacionamentos, nem em naming
rights, nem em exploração de setores mais nobres do estádio, tampouco na sua publicidade.
Não
obstante a exploração que sofrerá o Inter pelas próximas duas décadas,
ainda há a especulação de que o Beira-Rio seja a garantia do negócio. Se
isso for real, o Beira-Rio corre o risco de ser penhorado, caso a BRIO
não cumpra com suas obrigações. Além disso, o custo de manutenção em
função do incremento de elementos que qualificam o equipamento, aumenta
consideravelmente, tendo em vista que o Beira-Rio passou por reformas
recentemente, ou seja, não tinha necessidade física de remodelação.
Sendo assim, compreendi que o Grêmio, tendo um estádio novo, alçado em 600 milhões, vai contar com 65% da lucratividade mais um valor anual, além de deter os naming rights, um Centro de Treinamento novo, uma lucratividade aumentada consideravelmente em relação ao Olímpico e poderá explorar sozinho ou em porcentagem com a superficiária demais setores da Arena. Já o Inter terá um decréscimo nas receitas, além de ceder ativos à superficiária sem receber nenhum valor durante os 20 anos. Pergunto:
Sendo assim, compreendi que o Grêmio, tendo um estádio novo, alçado em 600 milhões, vai contar com 65% da lucratividade mais um valor anual, além de deter os naming rights, um Centro de Treinamento novo, uma lucratividade aumentada consideravelmente em relação ao Olímpico e poderá explorar sozinho ou em porcentagem com a superficiária demais setores da Arena. Já o Inter terá um decréscimo nas receitas, além de ceder ativos à superficiária sem receber nenhum valor durante os 20 anos. Pergunto:
Quanto the hell vai custar ao Inter um estádio reformado?
Incrivelmente,
os dados apresentados através dessa entrevista não receberam um maior
destaque na imprensa gaúcha. Vai ver, não é do interesse local. Ou
apenas não é bom que se torne!
2 comentários:
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