quinta-feira, 10 de março de 2011

Em noite de Imortal, Grêmio é campeão



O Grêmio conquistou a Taça Piratini, e com ela a tranquilidade desejada para preservar titulares no segundo turno do Campeonato Gaúcho. Nesta noite de quarta-feira, no Estádio Olímpico, o time de Renato Gaúcho ergueu o troféu do primeiro turno batendo o Caxias nos pênaltis por 4 a 1 - com duas defesas do goleiro Victor, após uma grande reação.
No tempo normal, a partida foi emocionante. Logo cedo o Caxias abriu 2 a 0, com Itaqui e Gerley. Ainda no primeiro tempo Willian Magrão descontou. E, após muita luta, Rafael Marques empatou aos 50 do segundo tempo.
O resultado garante ao Grêmio vaga antecipada na decisão do Gauchão 2011. Se conquistar também a Taça Farroupilha - o segundo turno - será campeão estadual sem necessidade da grande final.
Com mistério, o Grêmio tratou de animar os momentos prévios à decisão de público reduzido nas arquibancadas. Renato Gaúcho divulgou duas escalações - uma com Lúcio no meio-campo, outra com Willian Magrão - e o mistério perdurou até a entrada da equipe em campo, a dez minutos do início da partida.
Devido à falta de ritmo de Lúcio, fora da equipe desde 24 de fevereiro, jogou Magrão. Mas ele foi mais um a assistir, em campo, ao predomínio do Caxias no início do primeiro tempo.
Aos 6, Lima viu-se à frente de Victor. Totalmente livre, chutou para fora. Bom exemplo do controle grená, amparado em complexos movimentos táticos envolvendo Dê, Lima e Everton em pelo menos duas variações táticas: 4-1-4-1 sem a bola, 4-4-2 em losango com ela.
Quando o Grêmio parecia equilibrar o confronto, avançando com Gabriel e Gilson pelos lados, o Caxias saiu à frente. Aos 19, em distante cobrança de falta, o ex-gremista Itaqui disparou um míssil rasante, vencendo Victor. O Caxias estava completamente à vontade em Porto Alegre.
Sem Lúcio, Renato Gaúcho abdicou do preferencial losango, e sistematizou o Grêmio no 4-4-2 em quadrado. Mas o controle dos visitantes, com abertura de placar, levou-o a repensar a estrutura.
Aos 8 ele ordenou o início do trabalho de aquecimento dos reservas. E, com apenas 26, trocou o meia Carlos Alberto pelo lateral-esquerdo Bruno Collaço, que entrou para reproduzir o movimento de Lúcio como meia no losango. O mesmo havia acontecido na Colômbia, contra o Junior Barranquilla. Carlos Alberto deixou a partida dividindo a torcida, entre aplausos e vaias.
Outras reclamações foram dirigidas ao lateral-esquerdo Gilson. Renato Gaúcho, com a autoridade do maior personagem da história do clube, virou-se às sociais e gesticulou pedindo calma aos torcedores.
No setor visitante, em contraste, cerca de 500 grenás festejavam. Com duplo motivo. Aos 39, o lateral-esquerdo Gerley completou boa troca de passes e marcou o segundo para o Caxias, chutando forte sob Victor.
A animação da equipe visitante arrefeceu quatro minutos depois. Willian Magrão recebeu de Rochemback na intermediária ofensiva, e chutou com raiva. Da mesma forma, comemorou: Grêmio 1 x 2 Caxias.
No segundo tempo o Grêmio também não conseguiu pressionar de início. O Caxias mostrou-se mais cauteloso, ainda com as variações táticas proporcionadas pelo trio Dê, Lima e Everton. Concedeu ao Grêmio mais posse de bola, fechando-se para evitar as conclusões, para contra-atacar com velocidade.
Bloqueado pelo Caxias, Renato Gaúcho recorreu a Lúcio. Assim que despiu-se do colete, o jogador percorreu o caminho até o local da entrada em campo ovacionado: "Lúcio! Lúcio!",  gritaram os gremistas.
A maior comemoração, entretanto, estaria por vir. Assim que a placa eletrônica sinalizou a saída de Gilson, aos 16, os tricolores vibraram. Bruno Collaço passou à lateral, e Lúcio ingressou no meio-campo. Com ele, o Grêmio enfim colocou-se no campo do Caxias, pressionando e criando boas oportunidades - a maioria delas em cruzamentos para a área.
Na meia-hora final o Caxias esclareceu a sua derradeira estratégia: acabar com o jogo sem deixar que ele se desenvolvesse. O goleiro André Sangalli comandou a série de encenações, alegando lesões a cada lance na área. Economizou minutos e mais minutos.
Da mesma forma, os três jogadores substituídos também pediram atendimento médico antes de sair. Fechado, fazendo o tempo passar, o Caxias manteve a vitória por 2 a 1 até os 50 minutos. Pouco antes disso, Rodolfo e Marcelo Ramos haviam levado vermelho.
Mas foi a cera do Caxias que levou o árbitro a sinalizar seis minutos de acréscimos. Com tanto tempo, o Grêmio pressionou. Victor foi para a área, Rafael Marques tornou-se centroavante. E o zagueiro tricolor pegou um rebote para marcar, enlouquecendo o Estádio Olímpico. Empate que levou a decisão para os pênaltis.
André Lima, que saíra lesionado, discutiu com o auxiliar Altemir Hausmann. Ele acusou o bandeira de dizer "Deus é justo" assim que o viu cair machucado no gramado. O centroavante comandou a ira de dirigentes e integrantes da comissão técnica sobre o auxiliar após o gol.
Grêmio, campeão nos pênaltis
Borges abriu a série para o Grêmio: 1 a 0. Dê cobrou na sequência, Victor defendeu. Douglas aumentou a vantagem, e Victor novamente defendeu, impedindo Diogo de marcar.
Rochemback fez 3 a 0. Everton descontou, fazendo 3 a 1. E o título veio pelo pé esquerdo de Lúcio, decretando o 4 a 1.

fonte: Globoesporte

2 comentários:

Anônimo disse...

come sses acréscimos qualquer time conseguiria né

Anônimo disse...

do que adiantou ganhar o turno.... inter campeão de novo 7x3 em 10 anos