Lamentável, incompreensível a perda do memorial improvisado e espontâneo que os colorados criaram em homenagem ao seu eterno capitão Fernandão uma semana atrás, em um sábado frio e cinzento como hoje.
A parede decorada com frases, fotos e mensagens de adeus retratou um
momento histórico que não poderá jamais ser reproduzido. Foi o resultado
da necessidade urgente de prantear um ídolo, de tentar amenizar a dor e dar sentido ao inexplicável.
Por essa razão, centenas, talvez milhares de colorados passaram por
lá e deixaram marcado não só seu sofrimento, mas também sua gratidão. Tudo isso foi por água abaixo porque ninguém se dispôs a lançar uma simples lona por cima do mural.
Pouco importa o que o comitê organizador da Copa teria a dizer sobre
isso – e a informação é de que não vetaram a medida. O clube deveria
simplesmente ter tomado uma ação para preservar e honrar o sentimento da torcida gravado junto à Padre Cacique.
Não tomou. Agora, promete-se a “reabertura” do memorial em agosto
para receber novamente as mensagens dos torcedores. É um alento, mas não
recupera o que a chuva levou: o registro fiel da dor sentida naquele inesquecível e melancólico 7 de junho de 2014. Que pena.
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