Divisão do Beira-Rio prevê sócios sem lugares marcados e aumento das mensalidades
Em mapa, Zero Hora mostra onde ficarão os setores e as zonas livres para os associados
Com o avanço das obras do Beira-Rio e a reinauguração prevista para janeiro, o Inter começa a definir a nova localização dos sócios no estádio, bem como o reajuste das mensalidades. Uma pesquisa foi contratada pelo clube, a fim de ouvir os associados sobre onde eles desejariam assistir aos jogos a partir de agora e até mesmo sobre quanto eles aceitariam pagar pelas novas acomodações.
Há um temor entre dirigentes e conselheiros: que o Beira-Rio passe a ficar vazio, como vem ocorrendo com o Maracanã e com o Mineirão - cujos altos preços afastam o torcedor.
Nas próximas semanas, a direção encaminhará para o Conselho Fiscal e para a Comissão Especial para Relacionamento com Sócios uma proposta da nova setorização do estádio, com os locais para os associados e os lugares para as novas cadeiras locadas. Após será encaminhado ao Conselho Deliberativo com os pareceres das comossões. Há divergências entre integrantes da Comissão e da direção quanto aos novos valores das mensalidades e, ainda, quanto ao número de novas cadeiras locadas a serem oferecidas ainda em 2013.
Assim que as novas diretrizes forem aprovadas no Conselho, os associados serão chamados para o "direito de escolha" - o que o Grêmio chamou de "migração", quando saiu do Olímpico e foi para a Arena. O sócio poderá escolher o novo local do estádio onde assistirá aos jogos. As áreas centrais serão transformadas em cadeiras VIPs e locadas. O associado que não optar por setor de cadeira locada não terá lugar marcado e poderá ficar na "zona livre" - mas, mesmo assim, precisará indicar o setor onde permanecerá -, que deverá se espalhar das áreas das intermediárias até atrás das goleiras. Dos 51 mil assentos do novo Beira-Rio, o Inter terá direito a 42,5 mil lugares, a BRio (a empresa criada em parceria do clube com a Andrade Gutierrez para administrar o estádio), a 8 mil, entre cadeiras VIP, suítes e skyboxes - e outros 500 lugares serão destinados a convidados de honra e imprensa.
Sócios pagarão pelo menos 30% a mais em mensalidadesA área do antigo "boné" do Beira-Rio receberá as novas cadeiras a serem locadas - todas centrais, ou seja, no meio-campo. Há um debate em andamento sobre qual deve ser a oferta inicial dessas novas cadeiras locadas. A direção trabalhava com uma ideia de 6 mil a 8 mil cadeiras, com mensalidade a R$ 200. Mas há um problema. Como a BRio terá 5 mil cadeiras VIP, com direito a acesso direto e coberto desde o edifício-garagem concorrerá diretamente com as cadeiras do Inter. Assim, o clube deve optar por uma oferta menor de locadas, possivelmente 3 mil cadeiras, a fim de evitar prejuízos. A pesquisa apontou que um número superior a este pode causar perda de associados e representar espaços vazios no estádio.
– Ainda estamos em uma fase de discussões internas. Temos diversas propostas e nenhuma definição - disse o presidente da Comissão de Obras do Beira-Rio, Maxi Carlomagno. – Todos os exemplos estão sendo levados em conta para evitar que o Beira-Rio cometa erros que outras arenas do Brasil cometeram – acrescentou.
Ainda que Carlomagno não confirme valores, as mensalidades sofrerão reajustes quando o estádio reabrir. Dos atuais 100 mil sócios em dia do Inter, 25 mil não precisam comprar ingressos para os jogos. Eles pagam R$ 65 de mensalidade. Deverão passar a pagar algo entre R$ 85 e R$ 90. A grande maioria, os 60 mil que têm 50% de desconto na compra do ingresso para as partidas do Inter deixarão os R$ 26 mensais e começarão a desembolsar entre R$ 35 e R$ 40 ao mês.
– Visitamos todas as arenas em funcionamento no país e uma coisa posso assegurar ao nosso torcedor: teremos uma distribuição de lugares ao modelo Inter, sem haver uma ruptura como o estádio era vivenciado pelo torcedor. O Beira-Rio terá a mesma alma de antigamente – concluiu Maxi Carlomagno.
O mapa do novo Beira-RioVeja como ficará a divisão de lugares no estádio do Inter após a reforma:
ZH
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