O Ministério Público do Rio Grande do Sul pediu na Justiça a interdição
do estádio Beira-Rio, do Internacional, por considerar que as obras para
a Copa de 2014 proporcionam riscos aos torcedores.
O clube decidiu continuar mandando seus jogos no local ao mesmo tempo em que acontece a reforma no anel inferior. É o único dos 12 estádios que serão utilizados no Mundial que continua recebendo partidas oficiais.
A Promotoria afirma em ação civil pública que restos de obras estão espalhados pelo complexo em Porto Alegre e que o entulho pode ser usado como arma por torcedores.
Relatou ainda que no último clássico contra o Grêmio, no começo do mês, a grade instalada para evitar o acesso da torcida aos entulhos caiu.
Também diz que o clube não está com as licenças municipais em dia
"porque não é possível a obtenção de um alvará de prevenção de incêndio
de um canteiro de obras".
A ação, com data da última quarta-feira, ainda precisa ser analisada
pela Justiça. Os promotores pedem uma liminar e multa de R$ 1 milhão por
evento realizado, em caso de descumprimento.
As obras no local foram retomadas em março, após nove meses de
paralisação. O clube, na ocasião, divulgou que pretendia fechar o
Beira-Rio para a reforma apenas entre dezembro, período de férias do futebol profissional, e a primeira parte da temporada 2013, quando disputa jogos de menor expressão.
Atualmente, o Inter mantém interditado cerca de um terço do anel inferior do estádio.
Procurada, a direção do clube informou apenas que o departamento jurídico vai preparar uma defesa em relação ao caso.
O Beira-Rio irá receber cinco partidas da Copa --nenhuma do Brasil. Serão quatro jogos da fase de grupos e mais um pelas oitavas de final.
Nenhum comentário:
Postar um comentário